Histórico
A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) possui 112 anos de tradição em ensino, extensão e pesquisa no Estado e no país. Sua história secular é marcada, ao mesmo tempo, pela capacidade de inovação ao buscar contribuir com a superação dos problemas socioambientais e o desenvolvimento sustentável em projetos e pesquisas que envolvem as ciências tecnológicas, agrárias, humanas, sociais e exatas.
Inaugurada com os cursos de Medicina Veterinária e Agronomia, o novo perfil da Instituição abrange 55 cursos de graduação, incluindo Administração, Economia, Educação Física, Gastronomia, Sistemas de Informação, Ciência da Computação e diversas Engenharias, no campus do Recife e nas Unidades Acadêmicas de Serra Talhada (UAST) e do Cabo de Santo Agostinho (UACSA), além de Educação a Distância. Administrativamente, a UFRPE é estruturada a partir de três níveis hierárquicos: Reitoria; Departamentos Acadêmicos; Áreas Acadêmicas. Os Diretores dos Departamentos Acadêmicos são membros do Conselho Universitário, enquanto os Supervisores de Área são membros do Conselho Técnico Administrativo.
Na pós-graduação, destaca-se na produção de pesquisa com 60 Programas de Pós-graduação, em níveis de mestrado e doutorado. Desde a fundação da Escola Superior de Agricultura, em 1912, até hoje, a UFRPE tem alcançado bons resultados. Composta por mais de 1200 professores, mais de mil técnicos e cerca de 15 mil estudantes, sendo 2000 estudantes na Pós-graduação. A UFRPE possui ainda estações avançadas de pesquisa, ou seja, campi situados no Litoral, na Zona da Mata, no Agreste e no Sertão de Pernambuco. São elas: Estação Ecológica do Tapacurá, em São Lourenço da Mata; Estação Experimental de Cana-de-Açúcar (EECAC) e Estação Experimental de Pequenos Animais (EEPAC), em Carpina; Clínica de Bovinos de Garanhuns (CBG); Estação de Agricultura Irrigada (EAII), em Ibimirim; e Estação de Agricultura Irrigada (EAIP), em Parnamirim.
O programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) foi aprovado na 94° Reunião do Conselho Superior Técnico Científico da CAPES, em 21-22 de novembro de 2006 e a primeira turma teve início em março de 2007. Este programa, que funciona no Departamento de Ciências do Consumo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), constituiu um esforço para implantar um curso de mestrado ainda inexistente no Estado de Pernambuco com vistas a atender a demanda de profissionais do norte e nordeste do Brasil. Em Pernambuco, os profissionais graduados que desejavam enveredar na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos eram obrigados a migrar para outras regiões do país. Esse inconveniente foi sanado com a implantação deste Programa citado na UFRPE, Instituição que atua primordialmente na área de Ciências Agrárias.
Neste quadriênio, o número de matriculados por ano, continuou confirmando a importância do programa para o Nordeste e para o estado de Pernambuco. No ano de 2021 tivemos 18 candidatos com 13 discentes que ingressaram. Em 2022 tivemos 34 candidatos com 09 discentes ingressantes. Em 2023 tivemos 32 candidatos com 14 ingressantes e em 2024 tivemos 26 candidatos com 06 ingressantes. Para cada ano foram ofertadas 20 vagas. Dentre as vagas ofertadas sempre foi respeitado o número de 3 vagas para cotistas e 1 vaga para servidor.
Um ponto forte a considerar foi a concentração de pesquisas direcionadas a utilização do potencial dos recursos disponíveis no ecossistema da região, o que não necessariamente se daria quando o profissional era obrigado a se deslocar para outras regiões, visando continuar a sua qualificação avançada. O programa visa à aplicação da Ciência e Tecnologia de Alimentos em recursos de origem vegetal e animal disponíveis na região, tais como frutos de plantas nativas, frutos tropicais, avicultura, laticínios, pescado, entre outros, bem como a gestão de qualidade na agroindústria de modo a assegurar a produção de alimentos seguros. Deve-se ressaltar, o crescente interesse pelas propriedades químicas de inúmeras espécies, integrantes da enorme biodiversidade da região, o que poderá induzir o cultivo de algumas espécies nativas, tornando necessário ou recomendável seu progressivo melhoramento genético.
A geração de novos conhecimentos, oriundos deste programa (dissertações e trabalhos científicos publicados em periódicos) constituem uma considerável contribuição para o desenvolvimento regional, atuando fortemente nos polos da agrobiodiversidade através de parceira com fundações a exemplo do IPA, Instituto Agronômico de Pernambuco, EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fruticultura irrigada, de culturas como uva e café, produção de bebidas fermentadas e laticínios, através de colaborações com pequenos produtores ou empresa incubada. Esses estreitamentos com a iniciativa privada, a exemplo de exportadores de frutas, agroindústrias e indústrias de alimentos, e instituições de pesquisa existentes na região nordeste, criam um ecossistema que fortalece as ações em ciência e tecnologia de alimentos.
Conceito CAPES e Bolsas de Estudo
O Programa possui atualmente o Conceito 3 da Capes e recebe bolsas de estudos da CAPES e FACEPE (Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco), além de contar com estudantes estrangeiros que recebem bolsas de seus países de origem ou de organismos internacionais.
Objetivos do Programa
Formar e qualificar recursos humanos em nível avançado, para atividades de docência, de pesquisa e para funções técnicas em áreas especializadas da Ciência e Tecnologia de Alimentos, propiciando conhecimentos necessários para uso de princípios técnicos e científicos que resultem em alimentos seguros e contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população e do desenvolvimento regional.
Dentro deste, contexto os objetivos específicos do programa estão alinhados aos projetos temáticos e as necessidades locais e da Região, a saber:
- Avaliar as propriedades bioativas e funcionais de alimentos e resíduos agroindustriais.
- Avaliar a estabilidade, biodisponibilidade e qualidade de compostos bioativos e de produtos alimentícios com vistas à melhor aproveitamento e manutenção da qualidade de produtos.
- Desenvolver novos produtos, processos e bioprocessos a partir de matérias primas locais e /ou da região.